22 de jul. de 2009

A INGRATIDÃO


Nos fazemos felizes, quando acolhemos em nós os resultados positivos daquilo em que colocamos nossa esperança e nosso coração.
Mas, de uma forma igual, a infelicidade nos atinge, não necessariamente por que nos tem como meta, mas por que assim a recebemos.
Para percebermos essa realidade, é só prestarmos atenção às nossas reações ante atos e os verdadeiros desejos daqueles que provocaram.

Há pessoas que nos ferem voluntariamente, mas numa grande maioria das vezes, nos sentimos feridos, tristes e abatidos simplesmente por que reagimos a um fato, gesto feito ou não,ou uma palavra dita ou esquecida.
Nossa sensibilidade ou melhor dizendo, susceptibilidade, encobre nosso céu, mesmo se lá fora o sol brilha com toda a sua força.


O amor puro é incondicional, por que amor, deveria fechar os olhos após cada ato. Dar-se, doar-se por amor, por que assim deve ser e ponto final. Seria a sublimação do altruísmo na raça humana.
Portanto, falhos somos no nosso amor e daí nasce o sentimento de ingratidão que machuca tanto nosso peito.
Achamos que as pessoas são ingratas por que esperamos delas um reconhecimento pelo que fazemos.
Sentimos-nos miúdos, usados, desgastados, por que damos sem cessar do nosso eu, nosso tempo e o retorno nunca vem. E nessa ansiedade, nos tornamos infelizes e culpamos o outro.


Ora... o verdadeiro amor que Deus nos ensina não é uma questão de prestar serviço e aguardar o pagamento. Isso seria um contrato. O verdadeiro amor é dar-se e ter como recompensa o sentimento de ter-se dado e feito bem ao próximo. Nada mais que isso.

Amar incondicionalmente, é amar de olhos fechados e coração escancarado. É atravessar uma ponte e derrubá-la atrás de si, sem esperar retorno. E se contentar com essa ação. Sentir-se recompensado simplesmente por ter dado algo de si.
Se alcançarmos essa grandeza de alma e riqueza de espírito, o sentimento de insatisfação desaparece e atingimos o ápice do amor.

(Letícia Thompson)